sábado, 21 de novembro de 2009

Meu melhor pedacinho.

Ainda sobre o amor...


Ultimamente Deus tem perfilado meu coração ao amor... Não somente o amor de homem e mulher, mas aquele que Ele tem por nós, aquele entre amigos, aquele de quem nem sequer conhecemos e aquele que temos para com nossos irmãos.

Dizem que só aprendemos a ser filhos quando nos tornamos pais e Deus me deu a oportunidade de sentir um pedacinho disso...


O nome desse pedacinho de filho que Deus me deu é Matheus Musashi, um menino de 4 anos, com olhinhos levemente puxados e uma sabedoria que me impressiona. Esse pedacinho é meu irmão, o melhor presente que Deus poderia ter me dado.

O Mozão, Lele, Mumu, Japoca, Gotoso entre tantos outros apelidos nasceu no dia 01/07/2009 um tanto pequeno, mas coberto de expectativa. Na época eu tinha 17 anos e o tão esperado irmão que eu sempre pedi a Deus tinha chegado. Eu não sabia direito como seria a nossa convivência e sabia menos ainda o que faríamos juntos, mas de uma coisa eu tinha certeza; ele tinha sido presente de Deus.

Ele mudou a minha vida, literalmente. O Mozão veio pra me mudar e moldar, pra ensinar muito mais que aprender, ele veio pra ser luz. Hoje entendo o que Jesus queria dizer quando lá em Matheus 18 disse;

Chamando uma criança, colocou-a no meio deles e disse: “Eu lhes asseguro, a não ser que vocês se convertam e se tornem como crianças, jamais entrarão no Reino dos céus. ”



Ele é totalmente dependente (hoje aos 4 anos nem tanto), e assim entendo que devemos ser com o Papai, TOTALMENTE dependentes, dependentes da sua graça, da sua misericórdia, da sua benção e por ai vai. A inocência, a sinceridade, a mansidão, enxergo tudo isso no Mumu. Às vezes me pego olhando pra ele e agradecendo a bondade de Deus por ter colocado o Mozão na minha vida. Ele me ensina a olhar o mundo de uma maneira diferente, mais simples, mais bela. Sabe quando o dia é mais colorido? Pois é, meus dias ao lado dele são sempre assim.

Marcos 10:15


Digo-lhes a verdade: “Quem não receber o Reino de Deus como uma criança, nunca entrará nele.”

Meu Japoca me ensina sobre amor todos os dias. Me ensina a receber o Reino de Deus todos os dias... Ele me ensinou a respeitar o espaço de cada um, ele me ensinou a dividir, ele me ensinou a lidar com a minha mãe, ele me ensinou a ser paciente, me ensinou o que é dedicação, me ensina a ser humilde, ser mansa, me ensina a ser mais calma e tranqüila e o mais importante me ensina o que é amor. Eu sei e tenho certeza que ganho MUITO mais com ele do que ele comigo.


Por muitas vezes me pego brava e indignada com coisas do dia-a-dia e ai pego o Lele na escola e depois de um dia cansativo e cheio de atividades ele vem todo suado com o sorriso mais estonteante e me olhando de ladinho fala; “Billa, vamos comer chocolate de colher?”... E são nesses momentos que Deus fala comigo lá no fundinho e mostra como a vida pode ser simples e bela e mais ainda como as minhas preocupações podem passar numa simples colherada de chocolate.

Assim vejo o Paizinho fazendo comigo, me mostrando, me moldando, me transformando. Sei que posso entregar minhas preocupações, indignações, complicações nas mãos de D’Ele. Sei que mesmo depois de uma dia cansado Deus tem a minha colherada de chocolate.

O Mozão faz meus dias mais felizes com suas pronúncias erradas de criança. Ele é meu melhor companheiro pra assistir Bob esponja ou ir ao Shopping sábado a tarde.Ele me faz acordar cedo no domingo só pra levá-lo a escola dominical. Ele me faz ver beleza em gestos simples. Ele é meu melhor amigo. Ele faz meus dias mais coloridos. Ele me faz ter vontade de ser uma pessoa melhor. Ele me faz entender um pouquinho do amor que o Pai tem pelos seus filhos. Ele me faz entender o amor incondicional. Ele é o melhor do meu dia.

Hoje tenho meu pedacinho, o melhor presente que Deus poderia ter me dado.

Mozão me ensina a ser criança todos os dias, me ensina a ser completamente dependente do Pai.

Que assim seja com vocês.

Viva a simplicidade do que Deus preparou hoje.


Dependam...


Completamente; de Deus.

Fica assim registrado.

P.s: hoje homenagem a um dos homens da minha vida; meu melhor amigo. Matheus Musashi.



Camilla Vieira.



3 comentários:

  1. Lindo texto camila.:) Gosto de ler seu blog,sempre expressa o que quer dizer de forma inteligente e simples. Bjs

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  2. nada como o jeito Musashi de ser pra alegrar o dia hein?

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  3. Dagmar...somente DAG19 de maio de 2010 às 10:17

    Antigamente, eu escrevia. Tinha um diário onde tentava falar de amor. Frustrante, mas nunca consegui falar como eu sentia, sempre faltava algo que estava escondido. Sensações de amor são sentidas (grande pleonasmo), mas sentidos onde? Coração, cérebro, ou na máquina inteira que se chama corpo humano?
    A ciência nunca dirá!
    Até porque sempre tive medo de falar muito de amor. Sim, talvez alguém visse e já imaginasse que seria pra ele (homenzinhos tolos), ou tola fosse eu para esconder amor.
    Naquele tempo, adorava a Clarice, Drummond, Jobim. Hoje os amo.
    Na minha trilha, fui perdendo aquela capacidade de pegar um lápis cheio de tabuadas, porque nunca fui boa em matemática e no fim, sempre me faltava algum neurônio para fazer cálculos. Lápis que apontava com uma pequena faca, no capricho, pra letra sair bem bonitinha, que era mais uma forma de escrever amor.
    Era craque, pelo menos pra mim, em escrever o que eu não podia falar. O tempo passou, e na minha caminhada, na minha trilha ficaram palavras jogadas no acostamento e se perderam. Hoje, tento colocar em um papel palavras, falas, expressões, mas, tentativas frustradas.
    Mas, porque estou te dizendo isso? Para parabenizá-la e dizer que vc tem um dom maravilhoso. Te amo!

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